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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Relatos do que aconteceu comigo.



Na ultima quinta-feira (4), fui ao quartel do Exercito para retirar a segunda via do meu certificado de reservista, uma espera cansativa afinal havia muita gente para o mesmo serviço. Eram exatamente 08:45 quando fui atendido e nesse momento me entregaram dois boletos num total de R$ 5,51 para que eu efetua-se o pagamento exclusivamente no Banco do Brasil.

No meio disso tudo encontrei um colega, conversamos de tudo, faculdade, mulheres, metas e objetivos. Fomos ao banco para efetuar o pagamento e como ainda não estava aberto esperamos cerca de 1 hora até o funcionamento da agencia começar. Eu de mochila, calça, uma camisa de manga e sapato e o meu colega nos mesmos trajes, porém uma única diferença  que vou contar daqui a pouco.

As 10:00 da manha abriu a agencia, uma pequena fila se formou diante da porta giratória com seu seletivo detector de metais, tinha uma moça do banco entregando umas senhas de acordo com o serviço que o cliente iria utilizar. Ai chegou minha vez, numa atitude voluntaria retirei dois celulares do bolso e mais um que estava na mochila foi quando a porta travou, eu novamente tentei passar e mais uma vez travou, o segurança perguntou se eu tinha frascos de desodorante dentro da sacola, eu disse sim e retirei os mesmo só que a porta travou mais uma vez. Para não atrasar deixei que algumas pessoas adentrassem na agencia já que eu tinha virado o centro das atenções. Depois de alguns minutos tentei  mais uma vez, porem a porta travou e achei que a mesma tinha algo contra mim rsrsrs. O senhor segurança pediu para que eu tirasse tudo de metal que tinha na mochila, eu na inocência respondi já não tem mais nada só roupas e mostrei a mochila ele, ai um fato estranho é que eu não precisei dar mais nenhum passo para trás e num toque de mágica a porta me deixou entrar.

Já dentro da agencia percebi que meu colega já estava la para ser atendido, ele estranhando minha demora perguntou:

Ele: Oxe por que a demora?

Eu: Tive que retirar um monte de coisa da mochila

Ele: Mais eu entrei de mochila com tudo, meus celulares, chaves, desodorante e a porta não travou

Eu: Você é branco

Ele: Isso não tem nada haver

Eu: Então por que a cara deles de espanto por nós dois estarmos conversando

E então, lembram da tal diferença que citei mais acima? Pois é quem a julgou foi o segurança meu colega era branco. Ao pegar meu ônibus fiquei com aquilo na cabeça e me perguntando, como assim? Se os dois seguranças tinham a mesma cor que eu. 

Sendo assim, chego à conclusão que o preconceito racial é muito mais complicado do que assistimos todo dia na TV, muito explicito para dizer que não existe e muito doloroso quando a vitima é você mesmo.

O que você acha? Vai Ficar Em Cima Do Muro?

Um comentário:

  1. Caramba, foda isso! Mas a realidade é essa.. E o mais triste é ver que dentre os racistas estão os próprios negros!

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