Na ultima quinta-feira (4), fui
ao quartel do Exercito para retirar a segunda via do meu certificado de
reservista, uma espera cansativa afinal havia muita gente para o mesmo serviço.
Eram exatamente 08:45 quando fui atendido e nesse momento me entregaram dois
boletos num total de R$ 5,51 para que eu efetua-se o pagamento exclusivamente
no Banco do Brasil.
No meio disso tudo encontrei um
colega, conversamos de tudo, faculdade, mulheres, metas e objetivos. Fomos ao
banco para efetuar o pagamento e como ainda não estava aberto esperamos cerca
de 1 hora até o funcionamento da agencia começar. Eu de mochila, calça, uma
camisa de manga e sapato e o meu colega nos mesmos trajes, porém uma única
diferença que vou contar daqui a pouco.
As 10:00 da manha abriu a
agencia, uma pequena fila se formou diante da porta giratória com seu seletivo
detector de metais, tinha uma moça do banco entregando umas senhas de acordo
com o serviço que o cliente iria utilizar. Ai chegou minha vez, numa atitude
voluntaria retirei dois celulares do bolso e mais um que estava na mochila foi
quando a porta travou, eu novamente tentei passar e mais uma vez travou, o
segurança perguntou se eu tinha frascos de desodorante dentro da sacola, eu disse
sim e retirei os mesmo só que a porta travou mais uma vez. Para não atrasar
deixei que algumas pessoas adentrassem na agencia já que eu tinha virado o
centro das atenções. Depois de alguns minutos tentei mais uma vez, porem a porta travou e achei
que a mesma tinha algo contra mim rsrsrs. O senhor segurança pediu para que eu
tirasse tudo de metal que tinha na mochila, eu na inocência respondi já não tem
mais nada só roupas e mostrei a mochila ele, ai um fato estranho é que eu não
precisei dar mais nenhum passo para trás e num toque de mágica a porta me
deixou entrar.
Já dentro da agencia percebi que
meu colega já estava la para ser atendido, ele estranhando minha demora
perguntou:
Ele: Oxe por que a demora?
Eu: Tive que retirar um monte de
coisa da mochila
Ele: Mais eu entrei de mochila
com tudo, meus celulares, chaves, desodorante e a porta não travou
Eu: Você é branco
Ele: Isso não tem nada haver
Eu: Então por que a cara deles de
espanto por nós dois estarmos conversando
E então, lembram da tal diferença
que citei mais acima? Pois é quem a julgou foi o segurança meu colega era
branco. Ao pegar meu ônibus fiquei com
aquilo na cabeça e me perguntando, como assim? Se os dois seguranças tinham a
mesma cor que eu.
Sendo assim, chego à conclusão
que o preconceito racial é muito mais complicado do que assistimos todo dia na
TV, muito explicito para dizer que não existe e muito doloroso quando a vitima
é você mesmo.
O que você acha? Vai Ficar Em Cima
Do Muro?
Caramba, foda isso! Mas a realidade é essa.. E o mais triste é ver que dentre os racistas estão os próprios negros!
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